Sétima Arte: "Valente"

Título no Brasil: Valente
Título original: Brave
País de Origem: EUA
Gênero: Animação
Duração: 100 min
Ano de lançamento: 2012
Direção: Mark Andrews / Brenda Chapman / Steve Purcell

Em um primeiro momento, comentar filmes não estava na minha lista de ideias para o blog, mas o filme que vi ontem no cinema me passou uma sensação deliciosa de ‘história bem contada’. Não pude deixar de compartilhar.

Vivi muitas emoções naquela poltrona. São várias cenas engraçadas e algumas chegaram a me fazer gargalhar, o que é bem raro. Fui a outro extremo também, quando um momento em especial conseguiu me arrancar lágrimas, mas vou colocar a culpa na TPM.

O modo como a história é conduzida me surpreendeu e me conquistou. O filme se inicia leve, descontraído, com uma adolescente revoltada por ser obrigada a seguir tantas regras de etiqueta. Merida é aventureira e uma ótima arqueira, mas sua mãe a controla todo o tempo, corrigindo cada movimento e dizendo que isso ou aquilo cabe ou não cabe a uma princesa.

Quando é anunciado à garota que seus pretendentes se apresentarão no castelo, o conflito se inicia. Merida recorre à magia de uma velha bruxa para tentar mudar seu destino e, a cada acontecimento seguinte, a tensão se intensifica. A trama fica cada vez mais complexa e acelerada, nos preparando para um clímax que reúne em um ponto, praticamente todos os elementos envolvidos.

Conforme essa mudança vai ocorrendo, as cenas se tornam mais escuras, reforçando essa transformação.

O desfecho é lindo, com um “felizes para sempre” diferente de tudo o que já vi ou li. Temos de volta as imagens com mais luz, só que agora, em cenas diferentes do início, lembrando que situações intensas mudam a vida das pessoas, sem que elas se deem conta de que isso está acontecendo.

Essa animação mostra que em meio a tantos tipos de amor, existe um que não se refere a príncipes encantados ou plebeus e não é tão comum nas telonas, mas está presente em nossa vida de uma maneira ainda mais forte e envolvente.

Não poderia deixar de dizer que notei algumas falhas, como um objeto que estava fora de cena reaparecer, mas são detalhes quase imperceptíveis, que não obscurecem a beleza do filme.

Os cabelos ruivos de Merida em meio à floresta verde criam um efeito encantador. Adicione ainda o azul brilhante das luzes mágicas, o cabelo dos trigêmeos, os ‘figurinos’.... e temos um esquema de cores que me deixou com os olhos ainda mais vidrados na tela.

Uma lição de vida. Mostra que entre amar e demostrar amor, existe um abismo que faz toda diferença para a pessoa alvo desse sentimento.

Recomendo sem contra indicação. É belíssimo para os ouvidos, para os olhos e, principalmente, para o coração.



Trailler: http://www.youtube.com/watch?v=SsRPq_J4mzg